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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Faça fortuna com ações, antes que seja tarde
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-8585454166
Editora: Editora CLA
Bazin começa o livro relatando o exemplo de um operador trabalhando na Bolsa de Valores em uma manhã de outono em 1992, demonstrando o quanto os boatos são capazes de fazer das ações uma montanha-russa de altos e baixos.
Seu dia de trabalho começou às 9h29. Os boatos sobre empresas gigantescas como a Petrobrás, Telebrás e Vale do Rio Doce geraram alterações significativas, entre quedas e subidas, nos seguintes horários: 9h30, 10h09, 10h38, 11h32, 12h00, 12h27 e 12h59. Trabalho bem feito de especuladores, que apostam na valorização ou queda desta ou daquela empresa.
Um investidor que pouco conhece o mercado acionário muito provavelmente seguiria a tendência de vender ou comprar ações em cada um dos grandes movimentos naquele dia, conforme os ânimos e especulações do mercado.
O desespero leva o investidor inseguro a operar sem critérios, conforme os ânimos e interesses vão conduzindo as variações em empresas estratégicas.
Por isso, pensar em ações como um projeto a longo prazo requer preparo e paciência, para olhar as variações significativas de maneira tranquila, compreendendo o quanto a espera é algo crucial, estratégico e mesmo pragmático, ainda que a renda variável seja algo tão intimidador para os novos investidores em busca de multiplicar o próprio dinheiro.
Décio Bazin começou a escrever na imprensa quando ainda era operador da Bolsa, em uma época no qual ser operador não rendia bons salários como atualmente. Tanto é que começou a escrever seus textos como repórter no jornal O Estado de São Paulo serviam como “bico” para complementar renda.
Uma coisa que sempre o intrigou foi o fato dos operadores raramente compravam ações numa carteira de longo prazo e isso o intriga. Muitos deles não acreditam na perenidade do mercado, e operam de maneira instantânea.
E quando ele era operador, só havia negócios à vista na Bolsa, em quantidades pequenas. As corretoras ganhavam mais dinheiro negociando com câmbio ou vendendo títulos de renda fixa emitidos pelo governo e por empresas particulares.
Foi depois de muito tempo que o mercado de ações foi democratizado, tendo a possibilidade de compra e venda para qualquer pessoa física. Em seu tempo, era tudo mais complicado.
E muitos operadores de mercado trabalhavam sem a necessária malícia, caindo nas especulações momentâneas e gerando prejuízos grandes aos seus clientes, com menos informações do que as que temos acesso nos dias de comunicação instantânea.
O crash de 1971 teve início com a implantação do mercado a termo, que começou a ser implantada pela Bolsa do Rio antes de se expandir.
Nesta modalidade de investimento, o especulador comprava uma ação a termo para vencimento futuro em 30, 60, 90, 120, 150 ou 180 dias. Depositava 10% do valor total da operação, incluindo os juros, e com a aceleração dos negócios, tal margem foi gradativamente aumentada até chegar a 33%.
Na implantação do mercado a termo, se o papel subisse 10% no mercado à vista, o especulador ganharia 100% sobre o valor da margem de garantia. Então, o especulador liquidava a sua posição e vendia o papel à vista, apoderando-se da diferença, que logo aplicava em outra operação a termo, em valor alavancado, de maneira sucessiva.
Era possível alavancar o capital inicial em até 100 vezes, mas tal “corrente da felicidade” tinha como destino previsto pelos mais experientes um desastre financeiro, como o ocorrido em junho daquele ano, com o estouro do boom.
O autor, mesmo sendo muito ponderado e prevenido, não deu atenção aos conselhos dos mais velhos e abriu mão de só operar no mercado à vista. Como um viciado em jogos, perdeu muito dinheiro no mercado a termo.
Foi a partir daí que abriu mão da vida de operador da Bolsa de Valores e passou a se dedicar apenas às análises, de certa forma orientando os leitores sobre macetes e aspectos importantes para quem entra no mundo dos investimentos.
Para entender e definir o que é uma ação, vale a pena conferir esta anotação em um dos cadernos de 1950 do curso de Contabilidade de Bazin:
“(...) Como se forma uma sociedade por ações? Algumas pessoas decidem organizar uma companhia para explorar comercial ou industrialmente uma ideia ou um ramo de atividade, com o objetivo de lucro. Cada qual decide que quantia vai arriscar no negócio. O capital necessário para dar início às operações sociais é dividido em ações com valor nominal arbitrado de comum acordo. A quantidade que cada sócio subscrever determinará seu percentual de participação e o nível da sua ingerência nos negócios. A sociedade se chama, portanto, por ações. Ação é a parcela mínima do capital (...).”
Conforme a empresa cresce, os sócios atuais podem chegar ao máximo de sua capacidade de investimento para aportar mais capital. Quando admitem na sociedade pessoas de fora, as ações são oferecidas ao público, negociando-as nos pregões da Bolsa de Valores.
Qualquer pessoa, com pouco ou muito capital, poderá se tornar acionista de uma empresa se tiver o suficiente para comprar uma única ação que seja.
A participação de lucros distribuídas para os acionistas é o que chamamos de dividendos. E quando as empresas têm ações vendidas publicamente na Bolsa, elas adquirem outra dimensão de responsabilidades.
Para os investidores, o que lhes importa mesmo são os dividendos, sem que tenham vontade ou disposição, necessariamente, de administrar a empresa.
A distribuição de lucros é uma maneira eficiente de reter acionistas. E ter atenção às empresas que distribuem mais lucros é uma maneira interessante de pensar nas ações como um investimento a longo prazo.
Para definir o preço de uma mercadoria, são levados em consideração custos com produção, transporte, lucros do produtor e do revendedor e interferem na precificação de uma mercadoria. E para definir o preço de uma ação?
Elas são divididas entre as que que têm utilidade prática, por produzirem dinheiro e as que são guardadas como reserva de valor, para uma posterior venda mais cara. No primeiro caso, o valor é objetivo. No segundo, é subjetivo, sem uma quantificação matemática possível.
Variáveis como a qualidade da companhia, administração, bens patrimoniais, capacidade de gerar lucros, a aceitação de produtos, posição no mercado, imagem perante ao público, bancos e fornecedores são levados em consideração na definição do valor de suas ações.
Uma taxa básica de 6% de remuneração para títulos de renda fixa é bem aceita. Então, suponha uma taxa de 6% para remuneração das ações, ou seja, para dividendos.
Neste caso, eles não poderão ser menores do que 6% ao ano para serem remunerativos. Se você aplicar um valor 100 em um título de renda fixa, receberá 6 de juro, de maneira a que o capital é 16,67 vezes o rendimento. Seguindo esta mesma lógica, o preço da ação deverá ser no máximo 16,67 vezes maior do que os dividendos.
Quem compra ação pensando nos dividendos não deve pagar mais do que 16,67 vezes o valor dos dividendos. Se a proporção for acima desse valor, será mais negócios aplicar em títulos de renda fixa.
Lembrando: esta conta só faz sentido quando se compra ações pensando em seus dividendos, conforme prega Bazin. Há quem invista em ações com outros quatro objetivos, o que não é o caso acima demonstrado:
Em resumo, os dois termos se referem à mesma coisa: dividendos. A diferença está em quando foram usados. O primeiro foi usado há algumas décadas. Com a popularização dos cursos de educação financeira, o termo Dividend Yield, também conhecido como DY, é o mais utilizado para falar do componente a ser buscado nas compras de ações.
Enquanto “cash” em inglês significa dinheiro, o “dividend” é, literalmente, dividendo. Algo a ser dividido entre todos os que apostaram um pouco de seu dinheiro em uma fração daquela empresa.
É importante ter em mente esse termo, muito usado em análises, literatura e textos sobre compra de ações para falar dos dividendos.
Só foi possível aplicar em ações com base em seus dividendos a partir de dezembro de 1976. A Lei das S.A. obrigou as empresas a pagarem dividendos mínimos de 25% do lucro líquido.
Antes desta lei, cada empresa pagava o que bem entendia como dividendo. Em geral, era calculado como porcentagem do capital, com ou sem lucro. Mas a mudança não aconteceu de uma hora para outra, as empresas foram se adaptando de maneira gradual até o ano de 1979.
Quem compra ações pensando no longo prazo é um verdadeiro Investidor do Mercado de Ações, um investidor genuíno, que por vezes mantém determinadas ações por toda a vida. Não se trata de mero aventureiro
Os dividendos são a melhor resposta possível à pergunta: por que aplicar em ações? É comum ver pessoas com o pensamento de que a compra de ações é necessária para obter rendimento com suas subidas nos índices. Mas os investidores genuínos estão de olho nos dividendos.
O método de cálculo de preços pela taxa de dividendos costuma ser levado a sério pelo mercado apenas quando a Bolsa está deprimida. Na década de 1970, por exemplo, publicações especializadas dos Estados Unidos criticavam o “culto aos dividendos” como forma de depreciar os acionistas minoritários.
O fenômenos de ridicularizar os acionistas universitários, que reivindicam dividendos, é universal. É natural que aconteça, vindo de parte de pessoas que compram e vendem ações diariamente e não dão valor aos que juntam boa parte do que ganham com seus salários para investir no mercado de ações.
Um acionista minoritário é, por essência, ingênuo e atrevido: ingênuo por confiar o seu dinheiro a estranhos e atrevido por ter a insolência de pedir dividendos. Esse atrevimento vai render bons rendimentos a longo prazo!
A lição ensinada por Décio Bazin neste Faça fortuna com ações, antes que seja tarde é simples: o investimento em ações deve vislumbrar ganhos a longo prazo, não com variações, mas com o pagamento de dividendos.
Ao contar aos leitores um pouco de sua história como operador da bolsa há muitas décadas e o vasto conhecimento adquirido, que lhe rendeu credibilidade para se tornar analista na imprensa escrita, ele nos mostra o quanto há quem se aproveita da inocência e falta de conhecimento do investidor minoritário e no quanto este pode ser mal visto ao reivindicar o que lhe é de direito.
Sem apelar a fórmulas mágicas de enriquecimento instantâneo, o autor traz uma lição fundamental para os que se dedicam a se aventurar nesse mercado tão temido quanto invejado.
Pensar a longo prazo é a chave para os resultados financeiros desejados.
A leitura do microbook Gestão do Amanhã é um bom complemento para compreender planos e ações a longo prazo, desta vez no campo pessoal e profissional.
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Décio Bazin, autor desse livro, é um jornalista econômico e valorizado investidor brasileiro, tendo colaborado com diversos grandes nomes da mídia escrita, como Gazeta Mercantil, O Estado de São Paulo e mais. Combinando... (Leia mais)
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